Imagem: Prefeitura do Recife/Site |
O Diário Oficial do Recife publicou o termo de dispensa de licitação referente à
aquisição de imóvel localizado no bairro do Cordeiro, às margens da
avenida Abdias de Carvalho, onde está sendo construído o Centro
Comunitário da Paz (Compaz) do Bongi. Mesmo tendo sido anunciado como
“doação”, o bem custará aos cofres públicos municipais o montante
inicial de R$ 13,87 milhões, a ser pago em cem parcelas de R$ 138,7 mil,
reajustadas monetariamente pelo IPCA. A vereadora Priscila Krause (DEM)
protocolou pedido de informações ao prefeito Geraldo Julio (PSB), agora
há pouco, solicitando cópia do termo de doação firmado entre a PCR e a
Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) no início do ano.
Ainda em janeiro, quando anunciou a
construção de um Compaz no espaço, a Prefeitura do Recife divulgou no
seu portal de notícias que o terreno teria sido “doado” pela Chesf. De
acordo com o texto de divulgação, “o imóvel onde funcionará o primeiro
Compaz do Recife foi doado pela Chesf à Prefeitura. Na ocasião, o
prefeito e o presidente da Companhia, João Bosco de Almeida, assinaram o
termo de doação”. As obras do Compaz Cordeiro foram iniciadas em junho
e, se concluídas dentro dos prazos contratuais, devem ser entregues à
população no início de janeiro próximo.
Para Priscila, a Prefeitura não pode
anunciar que recebeu um terreno como “doação” e depois apresentar a
conta à sociedade. “Doação e compra são ações muito distintas e é
preciso que a administração explique o que de fato aconteceu, afinal de
contas estamos falando de uma dívida contraída pelos próximos cem meses.
Sem dúvidas que a ação do Compaz é um anseio da população e os
investimentos são mais que necessários, mas é preciso prestar contas das
ações, respeitando o cidadão. Uma doação não pode ser um mero faz de
conta”, explicou.
Fonte: Blog da Priscila Krause