sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Terreno “doado” pela Chesf à PCR para construção de Compaz custará R$ 13,8 milhões ao município

Imagem: Prefeitura do Recife/Site
O Diário Oficial do Recife publicou o termo de dispensa de licitação referente à aquisição de imóvel localizado no bairro do Cordeiro, às margens da avenida Abdias de Carvalho, onde está sendo construído o Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Bongi. Mesmo tendo sido anunciado como “doação”, o bem custará aos cofres públicos municipais o montante inicial de R$ 13,87 milhões, a ser pago em cem parcelas de R$ 138,7 mil, reajustadas monetariamente pelo IPCA. A vereadora Priscila Krause (DEM) protocolou pedido de informações ao prefeito Geraldo Julio (PSB), agora há pouco, solicitando cópia do termo de doação firmado entre a PCR e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) no início do ano.

Ainda em janeiro, quando anunciou a construção de um Compaz no espaço, a Prefeitura do Recife divulgou no seu portal de notícias que o terreno teria sido “doado” pela Chesf. De acordo com o texto de divulgação, “o imóvel onde funcionará o primeiro Compaz do Recife foi doado pela Chesf à Prefeitura. Na ocasião, o prefeito e o presidente da Companhia, João Bosco de Almeida, assinaram o termo de doação”. As obras do Compaz Cordeiro foram iniciadas em junho e, se concluídas dentro dos prazos contratuais, devem ser entregues à população no início de janeiro próximo.


Para Priscila, a Prefeitura não pode anunciar que recebeu um terreno como “doação” e depois apresentar a conta à sociedade. “Doação e compra são ações muito distintas e é preciso que a administração explique o que de fato aconteceu, afinal de contas estamos falando de uma dívida contraída pelos próximos cem meses. Sem dúvidas que a ação do Compaz é um anseio da população e os investimentos são mais que necessários, mas é preciso prestar contas das ações, respeitando o cidadão. Uma doação não pode ser um mero faz de conta”, explicou.

Fonte: Blog da Priscila Krause