quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Proposta aprovada em comissão na Câmara garante mais recursos para saúde sem novos impostos

Voto em separado foi acatado em comissão especial que analisa financiamento do setor.

O deputado Mandetta (Democratas-MS) apoiou o voto em separado ao relatório sobre financiamento da saúde aprovado nesta terça-feira (12/11) na comissão especial que analisa o tema na Câmara. 

Os integrantes do colegiado rejeitaram o parecer do deputado Rogério Carvalho (PT-SE) que indicava a criação de nova CPMF e recomendava a instituição de outros dois tributos com a justificativa de prover os recursos para setor. O relatório aprovado garante 18,7% das receitas correntes líquidas da União até 2018 para a saúde, criando uma regra em consonância ao projeto de iniciativa popular, assinado por dois milhões de pessoas, que previa 10% das receitas correntes brutas do governo federal para o setor.

“O relator do PT não consegue apresentar a gestão dos tributos que nós temos hoje que já é uma das maiores cargas tributárias do mundo para fazer caber esse investimento em saúde. Então, ele sinaliza com três novos impostos: aumento da contribuição social sobre o lucro líquido, CPMF de volta e imposto sobre grandes fortunas. O que faria com que sociedade fosse penalizada e não deixaria que o financiamento da saúde avançasse”, enfatizou durante votação do relatório.

“Nós apresentamos voto em separado para garantirmos na lei um investimento mínimo por parte do governo federal, que hoje não tem, tal como os estados têm 12% e os municípios, 15%. E a União terá que se adequar dentro da administração pública com redução do número de ministérios, combate à corrupção, melhor zelo pela coisa pública e decisão política de investir saúde. Agora, se quiserem novos tributos que mandem uma mensagem de reforma tributária para essa Casa de forma ampla e que não aumente a carga tributária para o povo brasileiro”, acrescentou.

Saiba mais

Pelo voto em separado aprovado na comissão especial, haverá o investimento de 15% da receita corrente líquida da União em saúde, a partir de 2014. Esses valores terão aumentos escalonados até alcançar 18,7%, em 2018. Pela proposta, haverá revisão quadrienal desses percentuais investidos no setor e não será permitida a criação de novos impostos com finalidade de financiamento da saúde.

Fonte: Assessoria Democratas