segunda-feira, 1 de julho de 2013

Convite da presidente Dilma a oposição nunca ocorreu, diz Agripino


O líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), voltou a negar que a oposição tenha sido formalmente convidada para debater o plebiscito sobre reforma política com a presidente Dilma Rousseff. 
Representantes da base governista acusam a oposição de ter recusado encontro com a chefe do Executivo, mas Agripino garante que não recebeu convite algum do Palácio do Planalto. “Este convite foi anunciado, mas nunca se concretizou, nunca foi formalmente feito. Como você pode recusar algo que nunca aconteceu?”, questionou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte.
Se convidado, José Agripino disse que a oposição estará disposta a conversar com a presidente da República, especialmente sobre temas que estão sendo alvo de manifestações nas ruas do Brasil, como educação, segurança, saúde. “Se o convite for feito, nós teremos uma agenda para conversar com a presidente sobre os interesses do país, sobre aquilo que está levando as pessoas a protestarem nas ruas”, ressaltou o líder democrata.
Em relação ao plebiscito sobre reforma política, Agripino lembrou que até os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestam contra a proposta do Executivo. “Até os ministros do STF já estão se manifestando sobre a impropriedade, inoportunidade de se apresentar um plebiscito sobre um tema complexo como é a reforma política”, frisou. Mas o líder acrescentou que a oposição não deixará de se posicionar caso o governo consiga votar a proposta no Congresso.
“Se o governo resolver mandar uma proposta de plebiscito para o Congresso, todos os partidos deverão ter sua posição de forma clara, refletida. E a oposição vai reagir colocando seu pensamento em votos, manifestando-se a favor ou contra”, disse. Segundo Agripino, a oposição entende que o referendo é o melhor caminho para se debater a reforma política já que o Congresso debateria com profundidade a matéria e a população ratificaria ou não a decisão da Casa.
“Nossa proposta é debatermos e votarmos os temas e, o que o Congresso – que é o foro apropriado com conhecimento de causa para debater e votar essas matérias – votar, se submete a refendo popular. Aí sim a sociedade já estará suficientemente informada sobre o alcance e o significado de cada item do tema votado”, acrescentou José Agripino.
Fonte: Fernanda Domingues