Os péssimos resultados da economia do País foram tema de discurso na
tribuna do deputado Felipe Maia (Democratas-RN) na última quinta-feira
12/12. O parlamentar fez duras críticas a condução da política econômica
por parte do governo petista que levarão o Brasil a fechar o ano com um
crescimento de apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB), desempenho
abaixo de países desenvolvidos mais atingidos com a crise financeira
internacional.
“Os resultados do crescimento no nosso País são pífios. Todos os
países da Europa que estavam em recessão cresceram mais do que o Brasil.
Os países estão reagindo, estão gerando emprego, estão gerando renda, e
o Brasil continua a passos de tartaruga”, analisa o deputado.
Segundo ele, o governo erra ao buscar o crescimento a partir do
estímulo ao consumo. “O governo diz que aumenta a capacidade financeira
do povo. Aumenta, endividando o pai e a mãe de família, sendo cruel,
entregando o dinheiro e sacrificando o pai de família, que daqui a pouco
não vai ter mais o dinheiro para pagar a dívida e muitas vezes terá que
entregar aquele bem que comprou, para pagar a dívida. É uma ilusão, é
uma bolha, é uma enganação do governo do PT”, afirmou.
Maia também mostrou dados não animadores para o empresariado. “E por
que não falar do otimismo reduzido do empresariado? Hoje, temos uma
carga tributária na ordem de 36% do PIB. Se formos ver o volume que o
governo federal investe, é menos de 2%, ou seja, o governo está
colocando no seu bolso 34% do PIB. Eu aqui não preciso repetir como é a
nossa saúde, a nossa segurança, a nossa infraestrutura, que o governo
não consegue, não tem capacidade e não tem organização para desenvolver e
que tenta entregar ao empresariado, que criticava o PSDB, por ter feito
privatizações. Agora diz que não, que não são privatizações, são
concessões”, acrescenta.
Aumento da energia
“E chegou o presente de Natal deste governo, qual seja: nós teremos,
infelizmente o aumento da energia elétrica. Por que teremos o aumento da
energia elétrica? Novamente porque este Governo não sabe planejar,
muito menos executar. Então, na próxima terça-feira irá haver um leilão
de energia porque o País não vai comportar a demanda em 2014. Vai-se
pagar mais. As termoelétricas já estão sendo ligadas, que é o custo de
energia mais alto que pode existir. As empresas, com receio das mudanças
de regras, já estão quebrando os contratos”, denuncia.
O deputado cita como exemplo da falta de planejamento do Executivo no
setor o desperdício da vocação eólica do Rio Grande do Norte.
“Perdeu-se essa vocação porque o governo não conseguiu executar as
linhas de transmissão, a CHESF não consegue executar as linhas de
transmissão. Ou seja, as empresas que irão gerar energia eólica no Rio
Grande do Norte não têm como escoar sua produção. O País irá pagar,
porque os contratos já foram feitos e há um acordo assinado, mas a
energia não será transmitida, não será transferida’, pontua.
Fonte: Assessoria Democratas